quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Ponte com o ATC

Como pedir em Inglês a uma outra aeronave para ''fazer uma ponte'' quando o ATC não copia sua chamada?
Usamos a expressão RELAY THE MESSAGE. Observe o exemplo abaixo:

PR-ALI: SP Ground, PR-ALI. Do you copy?

SP Ground: - (no answer)
PP-ZX
S: ALI, this is PP-ZXS, we copy you, but I think SP Ground cannot hear you.
PR-ALI: ZXS, thank you. We are on the apron shutting down engines. Can you RELAY THE MESSAGE, please?
PP-ZXS: Sure. SP Ground, this is PP ZXS transmitting to PR-ALI. They've just shut down the engines on the apron.
SP Ground: PP ZXS, thanks. Roger.
Cleared for Takeoff 

sábado, 8 de setembro de 2012

Decifrando as Cartas Aéreas

1 - CARTAS AÉREAS
Cartas aéreas são mapas sobre os quais são adicionadas informações de interesse para a navegação aérea. Existem diversos tipos de cartas aéreas. Vamos aqui nos ater apenas às de uso mais comum nos vôs simulados no Brasil. Neste contexto, temos os seguintes tipos de cartas aéreas:
• Cartas SID;
• Cartas ERC;
• Cartas ARC;
• Cartas STAR; e
• Cartas de Aproximação.

Todas estas cartas fazem uso de símbolos que devem ser do conhecimento do piloto, pois são de extrema utilidade. Para um melhor entendimento das cartas, vamos primeiramente estudar esta simbologia.

1.1 SIMBOLOGIA











 
Uma vez que já nos familiarizamos com a simbologia apresentada, é hora de partirmos para os tipos de cartas aéreas.
 
1.2 SID (STANDARD INSTRUMENT DEPARTURE)
Também chamadas de cartas de saída, as SID apresentam diversos procedimentos padronizados para decolagem e afastamento do aeroporto de partida. Uma mesma SID pode conter mais de um procedimento.

Pode ocorrer também que um procedimento ofereça desdobramentos, permitindo saídas para diferentes setores. Cada desdobramento recebe o nome de TRANSIÇÃO (TRANS).

O procedimento consiste em um trajeto a ser percorrido e um gradiente de subida, ou seja, a velocidade de subida em pés por minuto (ft/min). A trajetória é marcada por VOR, NDB ou fixos.

No caso de um vôo ATC, o controlador responsável pelo aeroporto de onde partimos define qual a saída (ou SID) ativa, ou seja, em vigor. Mesmo no caso de vôos off-line, onde não há controlador, as SID podem ser empregadas, ficando a cargo do piloto a escolha de qual procedimento usar.A seguir, apresentamos uma carta SID e, sobre ela, destacamos as informações disponibilizadas:

O Gradiente de Subida Mínimo representa exatamente qual o percentual mínimo de subida que deve ser obedecido. Ele vem descrito no quadro RMK e deve ser estritamente obedecido. Para facilitar o trabalho do piloto, existe uma tabela que converte este percentual em razão de subida em pés por minuto (ft/min):

1.3 ERC (ENROUTE CHART)
São as cartas usadas para o planejamento do cruzeiro. Elas apresentam os auxílios à navegação (VOR's, NDB's e Fixos), os aeródromos, espaços aéreos restritos ou proibidos, as aerovias e alguns acidentes geográficos.

AEROVIAS são corredores aéreos por onde flui o tráfego de aeronaves. Correspondem às rodovias. Assim como estas, as aerovias podem ser de mão única ou de mão dupla. Cada aerovia é separada por níveis de altitude de acordo com regras. Cabe ressaltar que há uma regra para vôos IFR (Instrument Flight Rules) e outra para vôos VFR (Visual Flight Rules). Vamos detalhar a primeira regra. A segunda, trataremos logo após.

Em Vôos IFR, as altitudes das "mãos" são sempre múltiplos de 1000 pés (ft), sendo que, para proas magnéticas na direção oeste (de 180º a 359º), ocupam múltiplos pares (Ex: 6000 ft, 8000 ft, 10000 ft etc...) e, para proas magnéticas na direção leste (de 000º a 179º), múltiplos ímpares (Ex: 5000 ft, 7000 ft, 9000 ft etc...). Esta regra é seguida até a altitude de 29000 ft. A partir daí, a próxima via para oeste situa-se a 31000 ft de altitude e as demais para oeste a cada 4000 ft de diferença, ou seja, 35000 ft, 39000 ft, 43000 ft etc... As proas no sentido leste seguem o mesmo procedimento, iniciando a 33000 ft e mantendo a diferença de 4000 ft (37000 ft, 41000 ft, 45000 ft etc...).

No caso dos vôos VFR, proas magnéticas para oeste são múltiplos pares de 1000 ft somando-se 500 ft (Ex: 4500 ft, 6500 ft, 8500 ft etc...) até o valor de 14500 ft. Proas magnéticas para leste assumem altitudes multiplas ímpares de 1000 ft somando-se depois 500 ft (3500 ft, 5500 ft, 7500 ft etc...) até o valor máximo de 13500 ft. O quadro abaixo resume estas regras:

Existem dois grupos de cartas ERC brasileiras:

CARTAS LOW: São as empregadas em vôos a baixa altitude, onde o limite máximo é de 26000 ft. No Brasil, temos duas cartas LOW: A carta L1-L2, que abrange as Regiões Nordeste, Sudeste e Sul, e a carta L3-L4, que engloba as Regiões Norte e Centro-Oeste; e

CARTAS HIGH: Usadas em vôos a altitude mais elevada. O limite, agora mínimo, é de 26000 ft. As cartas HIGH brasileiras são: H1-H2 e H3-H4, abordando respectivamente as mesmas Regiões das cartas LOW.

Temos aqui como exemplo uma parte da carta L1-L2, mais precisamente o entorno dos aeroportos de Coongonhas, Guarulhos e Viracopos:


Há ainda uma carta ERC especial que apresenta dois panoramas bem distintos. Uma de suas faces, é uma carta HI-LO (HIGH e LOW ao mesmo tempo) do trecho Rio de Janeiro - São Paulo, reunindo com maior riqueza de detalhes as informações das cartas L1-L2 e H1-H2 nesta área. Ela é ideal para o planejamento e uso em rota na ponte aérea Rio - São Paulo.

A outra face reúne todas as aerovias que passam pelo Brasil, sendo muito útil nos vôos internacionais.

SEMPRE QUE POSSÍVEL, O PILOTO DEVE REALIZAR O VÔO DENTRO DE AEROVIAS

1.4 ARC (ARRIVAL CHART)
São cartas que representam entornos de aeroportos (Terminais) de razoável movimentação. Além de complementar as cartas ERC, são muito úteis quando a aeronave, já em vôo, se encontra dentro da Terminal. A sua importância se evidencia pela riqueza de informações, permitindo a consulta a todos os VOR's, NDB's, Fixos, aerovias, aeródromos e áreas restritas em uma escala ampla.

1.5 STAR (STANDARD ARRIVAL CHART)
De maneira análoga às cartas SID, destinadas a organizar a partida de aeronaves a partir de um determinado aeroporto, as cartas STAR coordenam as chegadas. Além de determinar a trajetória, as STAR's definem também os diferentes níveis de altitude que a aeronave deve estar ao longo deste percurso.

As STAR's podem apresentar TRANSIÇÕES (TRANS) nos casos em que um mesmo procedimento provê a chegada por diferentes setores, que depois se incorporam ao procedimento como um todo.
Uma mesma STAR pode ainda conter mais de um procedimento e a definição de qual deve ser empregado fica a cargo do controlador, no caso de vôo ATC, ou do piloto, quando o vôo é offline, ou seja, sem controlador.

Eis uma carta STAR:


1.6 CARTAS DE APROXIMAÇÃO:
Este é o último tipo de carta a ser comentado.

Elas definem procedimentos para a aproximação especificamente a um aeroporto, não atendendo a nenhum outro. Entretanto, cada aeroporto pode ter, e normalmente tem, mais de uma carta.

Novamente, é o controlador quem define o procedimento ativo (ou seja, em vigor) para cada aeroporto sob sua responsabilidade. O piloto, na ausência do controlador, tem a liberdade de escolher o procedimento que melhor lhe convier.

Diferentemente das SID's e STAR's, cada carta só pode apresentar um único procedimento de aproximação de modo a não confundir o piloto num momento tão crítico.

Existem basicamente dois tipos de cartas de aproximação:

1.6.1 CARTAS VAC (VISUAL APPROACH CHART)
Apresenta o procedimento para aproximação visual. É dividida em duas seções, sendo que a superior apresenta o circuito de aproximação e pouso visual. A seção inferior disponibiliza comentários úteis.

1.6.2 CARTAS IAP (INSTRUMENT APPROACH PROCEDURE)
O procedimento aqui é adaptado para uma aproximação auxiliada por instrumentos. Este tipo de carta apresenta três seções: A seção superior mostra o trajeto a ser percorrido com as respectivas proas verdadeiras. A seção intermediária, por sua vez, detalha o PERFIL de descida e a seção inferior discrimina informações complementares.

As cartas de aproximação são extremamente úteis e garantem um bom pouso. Entretanto, nem sempre o piloto contará com elas. Neste caso, ele tem duas opções:
• Se em vôo ATC, deve solicitar ao controlador uma aproximação vetorada, recebendo instruções específicas de proa, altitude e auxílios ao pouso (ILS, VOR, NDB etc...); ou
• Se em vôo offline, cumprir circuito padrão de aproximação visual ou realizar afastamento, curva base e pouso usando instrumentos, iniciando neste caso o procedimento a, no mínimo, 1500 ft em relação ao aeroporto.

Fonte: Site da Vatsim - Piloto Afonso Braga - Link Vatsim